Rolezinho: manifestações políticas e sociais em transformação

Desperta-me interesse a rapidez com que as coisas surgem e se apagam da mesma forma. As manifestações populares que tivemos em 2013 cederam, rapidamente, diante da força oportunista da violência e do vandalismo. O que era belo, cativante e motivador, foi cortado pelo fogo, pelas pedras vindas daqueles que realmente não desejavam uma mudança para melhor, na qualidade de vida de nosso povo.

Apesar dos pesares, as mutações do comportamento da sociedade não cessam. O tecido social se regenera e surgem novas movimentações que surpreendem o poder e até a maioria comandada por ele.

Descamisados, injustiçados, grupos de “sem isso e sem aquilo” tiram proveito do “rolezinho” criado pelos jovens da periferia ou da classe C emergente, como muitos preferem dizer. Podemos puxar pela memória e constatarmos que movimentos ou comportamentos como o “role” sempre existiram, mas só sobreviveram por causa da ausência da violência em seu meio. Nossos avós faziam o footing ao redor da praça, contornando o coreto, esperando a oportunidade de fazer um galanteio. Quando jovens, nossos pais fizeram o corso de carnaval e subiam e desciam a Rua Augusta, na cidade de São Paulo, à procura de boa diversão. Quem da nossa geração não se aglomerou na porta de uma doceira ou de uma sorveteria apenas para paquerar?

Sendo assim, a coisa se resume apenas na ordem, na educação do comportamento social, no respeito aos bens públicos e privados, no respeito ao próximo e principalmente a nós mesmos.

Artigo escrito por Jorge de Martini Bechara, colaborador e leitor assíduo do Blog Conversando com Educação.

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    Sônia Licursi

    Meu nome é Sônia Licursi. Aos 17 anos, iniciei meu percurso profissional como professora de Educação Infantil.

    Sou casada, mãe, psicóloga e orientadora educacional.

    Especialista em Psicodinâmica do Adolescente pelo Instituto Sedes Sapientiae, com experiência profissional nas áreas: clínica, educacional e social.

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