Reclamar vai resolver?

Como está difícil viver nos tempos atuais!

Se a situação está “assim”, muita gente reclama só porque não está do outro jeito.

Pessoas reclamam que para ter um bom carro, uma casa confortável e viajar uma vez por ano precisam trocar o estilo de vida que desejariam ter, pelas horas incontáveis de trabalho! Outras pessoas reclamam que tem tempo ocioso e não ganham o suficiente para desfrutar o melhor da vida.

Pais reclamam que a comunicação com os filhos está cada vez mais difícil, mesmo vivendo uma época onde nunca foi tão fácil saber de tudo o que acontece no mundo, no país, no estado, na cidade, na rua e em casa.

A geração mais nova reclama da intromissão dos pais na vida deles, enquanto pais e mães não conseguem interagir com seus filhos, porque é oferecido uma dose exagerada (ou insignificante) de atenção, carinho, preocupação e afeto.

O mundo está cheio de insegurança! Diferenças, preconceitos, achismos, restrições, falta ou excesso de liberdade…

Na escola, há reclamação se o professor passa lição de casa, mas, se naquele dia, não tem tarefa, isso também é motivo de protesto.

Na sala de Coordenação, é motivo de preocupação o 2º Ano B, porque é uma classe muito silenciosa. No entanto, o 2º Ano A, que tem muitos alunos desassossegados, também causa muita inquietação.

No pátio, se a brincadeira é dirigida, pode crer que sempre haverá aquela pessoa que reivindicará a brincadeira livre.

Se… fez é porque fez. Se não fez é porque não fez.

Se… falou é porque falou. Se não falou é porque não falou.

Se… publicou é porque publicou. Se não publicou é porque não publicou.

Difícil! E isso não é questão de agradar a todos! Todos se veem no direito de opinar, reclamar e emitir seu parecer sobre qualquer assunto, mesmo sem ter a certeza de se estar na verdade e sem a exclusão do receio de estar errado.

É assim que queremos viver?

As pessoas são cobradas, incansavelmente, para atingirem a perfeição, mas o nosso mundo é cheio de imperfeições. O jeito é buscar a excelência já que a perfeição é impossível de ser atingida. Poderíamos nos esforçar para sermos menos reclamões, menos chatos, menos do contra e mais humildes e respeitosos. É uma boa maneira de começar a não sofrer por não conseguir transformar o mundo em ideal só para você!

A diferença sempre existirá e escutá-la sem julgamento ampliará a qualidade das nossas relações, dos nossos diálogos internos e do nosso olhar para o mundo. Tente!

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    Thais Bechara

    Meu nome é Thaís Bechara. Sou professora, pedagoga, mãe, psicopedagoga e orientadora educacional (exatamente nessa ordem). Com sólida experiência na área da Educação Infantil e Ensino Fundamental, sempre atuei em colégios de grande porte e de destaque no mercado.

    Sou graduada em Pedagogia (Orientação Educacional e Administração escolar), com Curso de Especialização em Psicopedagogia (“lato sensu”) pela PUC-SP- área institucional.

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